sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Higienismo em SP, mas não só em São Paulo



Com o título de "Higienismo em SP, parte II", o site da revista Carta Capital traz uma reportagem sobre um abaixo-assinado feito por moradores do bairro Pinheiros, em São Paulo, contra a mudança e instalação de um albergue para moradores de rua na "área nobre" do bairro.

A reportagem fala por si só; gostaria apenas de lembrar que isto, infelizmente, não é "privilégio" dos paulistas: aqui mesmo em Porto Alegre já aconteceu (e continua acontecendo) coisa semelhante, vide abaixo-assinado que correu o Menino Deus na época em que a Prefeitura urbanizou a Vila Lupicínio Rodrigues. Para quem não sabe, o abaixo assinado dizia que ninguém era contra os pobres terem melhor moradia, mas... seria melhor para todos que eles não ficassem ali (afinal, estavam desvalorizando imóveis num típico bairro classe média). E como não associar esta notícia com as alegadas dificuldades do atual Governo Municipal para conseguir área no Cristal para reassentar os atingidos pelas obras de duplicação da Av. Tronco?


Higienismo em SP, capítulo dois
Redação Carta Capital
14 de outubro de 2011 às 15:53h
Depois do episódio do metrô em Higienópolis, no qual moradores do bairro paulistano lutaram contra a construção de uma estação de metrô na região com o intuito de afastar “gente diferenciada” (entenda-se “pobres”), um novo capítulo higienista começa a ser escrito em São Paulo. “É de provocar inveja a qualquer higienista social do Terceiro Reich a demonstração de tal insensibilidade”. A declaração é do promotor público Maurício Antonio Ribeiro Lopes, dada ao jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira (14), sobre um abaixo-assinado entregue esta semana no Ministério Público por comerciantes e moradores do bairro de Pinheiros, de classe média. Os moradores pedem a manutenção do endereço do albergue Cor da Prefeitura, que abriga pessoas em situação de rua, onde está atualmente, em uma região considerada por eles como menos nobre do bairro. continua

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